Reflexões...
20.01
Tenho várias ideias na cabeça sobre as quais quero escrever... Por onde começar? Espero conseguir transmitir tudo!
Um assunto que tem surgido muito nas redes sociais e até na televisão é o feminismo. Isto começou, principalmente desde o discurso de Emma Watson na ONU, falando do seu projecto HeForShe (https://www.youtube.com/watch?v=CT9-CF3Wpmo). A partir deste dia, imensa gente partilhou e comentou o que a atriz disse, surgiram vários textos em diversos blogues, publicações no instagram e até novas ideias para levar à frente o projecto ou para divulgar o que foi dito. Um exemplo é o blogue/página criado(a) por Iva Domingues e Rita Ferro Rodrigues: Maria Capaz (www.mariacapaz.pt). Aconselho a dares uma espreitadela em ambos. Quanto a mim, não me considero, ou melhor, não sei se sou feminista ou não porque depois de ler a definição deste movimento social, filosófico e político não acho que defenda tudo ou não tenho a visão de uma feminista. O que tenho a certeza que sou é uma defensora estricta pela igualdade e o discurso da Emma Watson fala exactamente do que penso. Não se trata apenas de dar os mesmos deveres e direitos dentro da sociedade a homens e a mulheres, de acabar com a discriminação que há entre sexos, de fazer novas leis que protejam as mulheres, etc.. Não, não é só isso. Vai mais além, mais a fundo. Atenção: não digo que estes pontos não importem e que não tenham que ser mudados, não é nada disso. Sei que são extremamente importantes e é necessária a discussão sobre eles. No entanto, o que me suscitou mais atenção no discurso do projecto HeForShe foi igualdade na expressão de sentimentos de rapazes e raparigas. Porque não pode um rapaz chorar? Porque não pode uma rapariga ter apenas amigos do sexo oposto? Porque não pode um rapaz expressar o que sente e ser "o forte"? Porque não podem um rapaz e uma rapariga expressar-se de maneira igual? Porque não termina a expressão "corres como uma menina"? O que significa isso? Quem define o que é de homem ou de mulher? Quem fez esses parámetros? Porque é que inventam mais diferenças para além das anatómicas, morfológicas e fisiológicas que são as únicas que não podemos mudar? Parece que discriminar já nasce connosco porque eu vejo a discriminação em todas as faixas etárias e posso dizer que me afectaram a mim e a pessoas que me são próximas. Felizmente não de uma maneira muito cruel e perfeitamente ultrapassáveis, mas sei que outras pessoas sofrem muito e que muitas vezes chegam a um beco sem saída. Se sabemos que está mal, porque não se mudam mentalidades? A formação cívica que temos na escola não nos devia alertar para isso? A família, os nossos educadores, para que servem? Temo que, actualemente, a maior parte de estes membros tão importantes sejam desequilibrados e por isso muitos dos jovens e crianças não valorizem o mais imortante e por muito que lhes tentem explicar entra a 100 e sai a 1000. Já não existe respeito, é cada um por si e no meio de tanta arrogância, ao fim ao cabo, vamos a ver e há uma falta de auto estima e amor próprio na maior parte das pessoas, que os leva a descarregar nos outros.
Sonho com uma sociedade em que haja muito amor e respeito pelos outros, até por aqueles que consideramos inimigos. Um mundo em que respeitemos a forma de viver e pensar de cada um, em que se possam discutir diferentes ideais sem guerras, sem gritos, sem insultos. Que se discuta e que se aprenda com o outro de maneira saudável.
O amor deve ser a base de cada um.